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[Parte 2/2] Para quem não sabe, o Brasil não tem capacidade de | Nord Research

[Parte 2/2] Para quem não sabe, o Brasil não tem capacidade de refino suficiente para abastecer toda a demanda nacional, tornando a importação do combustível uma ação inevitável.

Até o momento anterior à divulgação, quem realizava a importação do combustível demandado eram as grandes distribuidoras — Vibra (antiga BR Distribuidora), Raízen e Ipiranga (Grupo Ultra).

No entanto, a partir dessa nova política, não fará sentido as distribuidoras importarem o combustível no preço internacional (superior) para vender no mercado interno com prejuízo (preço inferior), tornando quase obrigatório que a Petrobras realize tal importação e assuma o prejuízo, como já foi feito no passado.

Esse prejuízo será proporcional à diferença entre o preço internacional de venda e o preço interno de venda.

Outro ponto que trouxe preocupação ao mercado foi o comentário da Petrobras de reajustar apenas duas vezes ao ano a política de preços.

Afinal, se o preço do petróleo tiver uma forte alta, de acordo com a dinâmica internacional de oferta e demanda, como vimos com o começo da guerra entre Rússia e Ucrânia, esse subsídio que a companhia estaria realizando seria cada vez mais custoso — não só para o governo como também para todos os demais acionistas da #PETR.

Por que outras petroleiras não sentem o baque

Empresas como Prio (#PRIO3), 3R (#RRRP3), PetroReconcavo (#RECV3) e Enauta (#ENAT3) serão afetadas pela nova política?

A resposta curta é não.

O fim da política de paridade de preços é uma questão da Petrobras em relação ao seu preço de venda do combustível. Isso pode preocupar, mas não afeta as “junior oils”, por serem empresas que vendem petróleo, e não o combustível (derivado de petróleo) diretamente.

Ações da Petrobras com mudança na política de preços

Acabar com o PPI pode provocar uma redução nos lucros da Petrobras e, consequentemente, nos dividendos.

De qualquer forma, o resultado e, por consequência, o dividendo da Petrobras dependem muito da cotação do barril de petróleo (Brent). Quando comparamos com 2022, já vemos níveis bem menores.

Sendo assim, é difícil imaginar que a estatal mantenha os mesmos patamares de pagamentos daqui para frente.

Na nossa visão, a nova política de preços da Petrobras é menos transparente do que a anterior, que seguia preços internacionais, já que a companhia ainda não falou de forma clara o que pretende.

Apenas foi informada a queda do preço de venda do combustível para as distribuidoras (que vendem para os donos de postos), mas ainda não sabemos o que esperar, a depender do cenário que se formar.

Uma oportunidade sem risco-governo

Não à toa, nós, da Nord Research, preferimos investir em empresas que não têm exposição política e que dependem muito mais delas mesmas para crescer.

A Prio compra campos maduros das grandes petroleiras (Petrobras, Shell, Exxon, BP) e explora esses campos a um custo muito mais baixo de produção.

Para se ter uma ideia, Prio cresceu sua produção +365% desde o início de 2019, atingindo 90 mil barris diários em abril deste ano.